segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Aula 03 - Composição da matéria, molécula e átomo

O verdadeiro impulso para o uso da energia elétrica só aconteceu quando os cientistas começaram a estudar de que é feita a matéria. Isso resultou no conhecimento das propriedades dos materiais, na identificação de materiais condutores e isolantes e na sua melhor utilização.

Composição da matéria
Quadro 01 - Evolução do conhecimento sobre átomo.
Tudo o que existe no universo é constituído de matéria: desde as maiores galáxias, os planetas, as estrelas e os corpos celestes situados nos seus pontos mais afastados, até a menor partícula de poeira. Por isso, o estudo da eletricidade ficará mais fácil se antes entendermos de que a matéria é composta. Isso porque os fenômenos elétricos acontecem dentro das minúsculas partículas que a compõem. Buscando conhecer o mundo que o rodeava, o homem foi capaz de criar muitas teorias a respeito de como surgiram o céu e a terra e de que se compõe toda a matéria que está a nossa volta. Os gregos foram os primeiros a criar uma teoria que considerava o átomo a menor partícula de que a matéria é composta. A palavra átomo é de origem grega e quer dizer indivisível, quem a usou, por volta do ano 400 a.C., para explicar que o átomo constitui toda e qualquer matéria, foi o filósofo grego Demócrito de Abdera, ele é considerado o pai do atomismo grego. No século XIX, vários cientistas se interessaram pelo assunto e, a partir de 1897, as teorias foram desenvolvidas com a ajuda de testes experimentais. O quadro 01 resume o que se descobriu sobre os átomos.

Molécula e o átomo
Figura 01 - Molécula de água
Os cientistas provaram que toda a matéria é composta por átomos constituídos por um núcleo central de carga positiva (os prótons) e de carga neutra (os nêutrons) ao redor do qual se movimentam os elétrons, que são as partículas de carga negativa. Porém, um átomo sozinho não faz a matéria. É aí que entra a molécula. Nas aulas de química, aprendemos que uma molécula é a menor partícula em que se pode dividir uma substância mantendo-se, ainda, as mesmas características da substância que a originou. Por exemplo, uma gota de água pode ser dividida continuamente até chegarmos à molécula de água, que é a menor partícula que conserva as características originais da água. 
Figura 02 - Átomo de oxigênio.
Essa molécula é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, portanto, sua fórmula química é H2O. Veja na figura 01 uma representação de uma molécula de água.          Embora os átomos que formam as moléculas sejam compostos por partículas menores, para todos os efeitos eles são considerados uma unidade fundamental que apresenta algumas particularidades. 
Elas são:
  • O átomo não tem carga porque o número de prótons é igual ao número de elétrons.
  • Todos os átomos de um dado elemento são iguais. Por isso, um elemento e seu átomo recebem o mesmo nome. Assim, o elemento oxigênio é composto de átomos de oxigênio.
  • Uma grande força de atração mantém os nêutrons e prótons unidos, formando um corpo denso chamado núcleo. Os prótons têm carga elétrica positiva e os nêutrons não têm carga elétrica.
  • Os elétrons têm carga negativa. Possuem quantidades pequenas e específicas de energia e localizam-se dentro de um conjunto de níveis de energias eletrônicas. Isso os impede de serem atraídos para o núcleo, mesmo tendo uma carga elétrica diferente da dele.
  • Um elétron com uma determinada quantidade de energia localiza-se em torno do núcleo, em uma região chamada de orbital.
  • Orbital, no átomo, é uma região do espaço em que, sob a ação do núcleo, o elétron com uma dada energia pode ser encontrado.
  • Os elétrons movem-se com elevada velocidade em torno dos respectivos núcleos e sem trajetórias definidas.
Portanto, o modelo de átomo aceito atualmente compreende duas regiões:
  • um núcleo minúsculo que contém toda a carga positiva e praticamente toda a massa do átomo; 
  • uma região fora do núcleo que possui forma de nuvem e é composta, principalmente, de espaço vazio. É nessa nuvem que estão os elétrons.
Dentro da nuvem, que você viu representada na figura, os elétrons estão distribuídos em camadas ou níveis energéticos. De acordo com o número de elétrons presente em cada camada, ela pode apresentar de 1 a 7 níveis energéticos, denominados por Niels Bohr – como você já viu – de K, L, M, N, O, P e Q.
Figura 3 - Maneiras de representar os
 níveis de eletrônicos de energia

A camada K é a que está mais próxima do núcleo e a camada Q é a que está mais distante dele. Dependendo da quantidade de elétrons do átomo, ele pode ter um ou vários níveis energéticos, cada um com uma quantidade específica de elétrons. Isso pode ser visto na figura abaixo, na qual a quantidade de elétrons de cada nível aparece abaixo de cada letra indicadora da camada. A título de curiosidade, na figura você pode ver um outro modo de representar os níveis eletrônicos de energia.
A distribuição dos elétrons nas diversas camadas obedece a regras definidas. A regra mais importante para a área eletroeletrônica refere-se ao nível energético mais distante do núcleo, ou seja, a camada externa (Q). Nessa região podem ser encontrados no máximo oito elétrons.
Figura 4 - Representação esquemática
do comportamento do elétron livre

Os elétrons da camada mais distante do núcleo são chamados de elétrons livres, pois têm uma certa facilidade de se desprender de seus átomos. Todas as reações químicas e elétricas – e são essas as que nos interessam – acontecem na camada externa, chamada de nível, ou camada de valência. Veja na figura a seguir uma representação esquemática do que acontece quando um elétron livre se desprende da camada de valência.

Por essa razão, a teoria eletroeletrônica estuda o átomo apenas no aspecto da sua eletrosfera, ou seja, naquela região periférica, ou orbital, em que estão os elétrons.
Isso nos leva a outro conceito que nos interessa para a teoria eletroeletrônica: o íon.
O íon é o átomo em desequilíbrio. O desequilíbrio é causado sempre que forças externas, sejam magnéticas, térmicas ou químicas, atuam sobre o átomo, fazendo com que o número de elétrons seja maior ou menor que o número de prótons.
O íon pode ser:
  • negativo, chamado de ânion: é o átomo que recebeu elétrons.
  • positivo, chamado de cátion: é o átomo que perdeu elétrons.
Vamos relembrar que a transformação de um átomo em íon ocorre devido às forças externas ao próprio átomo. Uma vez cessada a causa externa que originou o íon, a tendência natural do átomo é atingir novamente o equilíbrio elétrico. E para alcançá-lo, ele cede os elétrons que estão em excesso ou recupera os que foram perdidos. Isso tem tudo a ver com a eletricidade e com os tipos de materiais que conduzem ou isolam a eletricidade.

A tabela periódica com a distribuição eletrônica está disponível em: Tabela Periódica detalhada

No link a seguir há exercícios de aplicação: 02 - Lista de exercícios de Eletricidade básica.

Fonte: Eletricidade, volume 1 / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. SENAI/DN, 2012. 184 p. il. (Série Eletroeletrônica).

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Aula 02.1 - Fontes de geração e distribuição de energia elétrica

Por mais que a gente não se dê conta em nosso dia a dia, hoje vivemos em um mundo onde não é possível sobreviver sem energia elétrica. Ela está presente em nosso trabalho, em nossa casa e até mesmo nos mais simples momentos de lazer. Um show na capital paulista, por exemplo, vai precisar de energia elétrica, pois sem ela o palco não poderia ser iluminado e nem a música sairia das caixas de som.

Figura 01 - Fontes de energia
Sendo assim, ao longo dos anos, o homem foi descobrindo várias e várias formas de gerar energia. Algumas delas podem durar para sempre, mas outras necessitam de recursos que são finitos. Essa divisão é feita em energia renovável (aquelas que são constantemente reabastecidas pela natureza) e energia não-renovável (aquelas que não se renovam em um prazo útil).
Por isso, é importante conhecer quais são as formas possíveis dentro de cada uma delas para que possamos usar com mais sabedoria os nossos recursos. Em um mundo ideal, todas as formas de geração de energia seriam renováveis, mas ao menos por enquanto esse é um sonho distante de se tornar realidade.
Figura 02 - Energia eólica
Energia eólica - Trata-se da energia produzida a partir da força do vento. Embora seja um recurso energético inesgotável, quase nenhuma região do mundo têm uma quantidade de ventos suficiente para que possa gerar energia exclusivamente sob essa forma. O grande problema fica por conta do alto custo dos recursos necessários para a implantação de uma usina eólica. Em contrapartida, os impactos ambientais são baixos.
Figura 03 - Energia solar fotovoltaica
Energia solar - Essa é uma das formas de energia que têm se popularizado no Brasil. A energia gerada a partir do sol pode ser do tipo fotovoltaica ou térmica. A primeira usa células específicas para gerar o efeito fotoelétrico. A segunda utiliza o aquecimento de água para gerar vapor e, consequentemente, energia. Os custos ainda são elevados para a implantação, mas houve muita evolução nessa área na última década e redução de custos. A energia gerada nos módulos solares em corrente contínua é conectado ao inversor que converte em corrente alternada que poderá ser consumida na residência ou injetada na rede elétrica. Para isto o modelo de medidor utilizada nesta instalação é bidirecional, para medir a energia gerada fornecida injetada na rede elétrica (excedente do consumo) e fornecida pela concessionária de energia.
Figura 04 - Energia hidrelétrica
Energia hidrelétrica - Essa é a principal forma de energia utilizada no Brasil. Trata-se do aproveitamento da água dos rios para movimentar poderosas turbinas geradoras de eletricidade. A relação custo-benefício dessa modalidade é uma das melhores, mas nem todos os países têm a geografia necessária para se aproveitar esta modalidade. O impacto ambiental nas áreas de implantação pode ser alto, por isso é preciso uma série de estudos antes da construção de uma usina hidrelétrica.
Biomassa - Biomassa é toda matéria orgânica não fóssil, de origem animal ou vegetal, que pode ser utilizada na produção de calor, seja para uso térmico industrial, seja para geração de eletricidade e/ou que pode ser transformada em outras formas de energias sólidas (carvão vegetal, briquetes), líquidas (etanol, biodiesel) e gasosas (biogás). 
Figura 05 - Usina termoelétrica

A queima de substâncias orgânicas pode ser uma forma de geração de energia. Trata-se de uma forma de energia renovável, porque o dióxido de carbono produzido na queima dos materiais é reaproveitado pela própria natureza durante a fotossíntese. Esse é um processo ainda usado em pequena escala, e seus custos de implantação são altos, mas é apontado com uma das tendências para o futuro.
Fontes não-renováveis de energia
Em oposição às fontes renováveis, as fontes de energia não-renováveis são aquelas que se utilizam de recursos da natureza que são considerados finitos. Em outras palavras, isso quer dizer que vai chegar um ponto em que eles não vão mais existir e vamos ter que buscar outras formas de geração de energia.
Figura 06 - Usina Nuclear

Combustíveis fósseis - Os chamados combustíveis fósseis são aqueles cuja queima é capaz de gerar energia, seja para estações termoelétricas ou para veículos de qualquer porte. Os três tipos mais conhecidos de combustíveis fósseis são o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, mas a lista é muito mais extensa.
Além de gerarem muita energia, os combustíveis fósseis também são apontados como um dos principais poluentes do mundo moderno. Sendo assim, hoje se busca utilizar mecanismos de redução dos gases emitidos pela queima do carbono, através de filtros e unidades de recuperação de vapor.
Energia nuclear - Também conhecida como energia atômica, a energia nuclear é obtida por meio da fissão nuclear de materiais radioativos, como o urânio-235. Embora sejam menos poluentes do que as usinas que utilizam combustíveis fósseis, os ambientalistas têm muita preocupação com os eventuais acidentes que podem ser causados em função do uso dessa tecnologia.
Dessa forma, muitos países vêm reconsiderando o seu uso, buscando novas formas de geração de energia que possam ser mais seguras e menos poluentes. Entretanto, esse é um processo de transição bastante lento e caro para todos os envolvidos. Dessa forma, o que se preconiza nos dias de hoje é que cada um de nós economize energia sempre, independentemente da forma como ela é gerada.

Distribuição de energia elétrica no Brasil

A distribuição de energia elétrica no Brasil é feita por meio de um sistema que integra produção, transmissão e consumidor final. 
O sistema constitui-se de uma rede complexa de elementos que tem por finalidade conduzir a energia desde o local de sua produção até o lugar onde será consumida. Esse sistema conecta unidades geradoras, vias de transmissão e distribuição e consumidores finais da energia elétrica.
Essa rede nem sempre foi integrada. No passado, antes do processo de industrialização intenso na região Sudeste do país, as linhas de transmissão e distribuição eram isoladas e visavam a atender as necessidades locais. Porém, a dimensão continental do Brasil, a urbanização, a industrialização e o aumento da demanda por energia elétrica em algumas regiões específicas, como no Sul e Sudeste, motivaram a integração do sistema de energia elétrica no país. Outro fator importante para essa necessidade de integração era que, em muitos casos, a produção de energia, em grande parte de origem hidrelétrica, não estava localizada próximo dos locais de maior consumo, como os grandes centros urbanos e as regiões industriais.

As empresas distribuidoras de energia (públicas ou privadas) são responsáveis pela entrega de energia e, assim como acontece com o sistema de transmissão, a distribuição é constituída por fios condutores, transformadores e equipamentos de medição, controle e proteção das redes elétricas. O sistema de distribuição é muito mais amplo e ramificado que o de transmissão, pois tem por objetivo chegar aos domicílios e empresas de todos os consumidores finais.
A composição das redes de distribuição possui linhas de alta, média e baixa tensão. A potência da energia distribuída e entregue pode ser dividida em:
  • redes elétricas primárias - redes de distribuição de média tensão que, além do papel de distribuição, atendem a médias e grandes empresas e indústrias.
  • redes elétricas secundárias - redes de distribuição de baixa tensão que atendem consumidores residenciais, pequenos estabelecimentos comerciais e iluminação pública.
O Brasil possui hoje cerca de 80 milhões de Unidades Consumidoras (UC) (ponto de entrega de energia com medição individualizada e correspondente a um único consumidor). A maior parte das Unidades Consumidoras (85%) são residenciais, contudo, a indústria é responsável por 35% do consumo de energia elétrica no país.
As redes de transmissão e distribuição de energia no Brasil seguiram a trajetória histórica do processo de urbanização e industrialização. Os maiores centros urbanos e as regiões industriais do país são os maiores consumidores de energia elétrica. Nesse sentido, a infraestrutura das redes de transmissão e distribuição foi direcionada para esses espaços.

No link a seguir há exercícios de aplicação: 04 - Lista de exercícios de Eletricidade básica.

Veja o vídeo da viagem da eletricidade: https://youtu.be/0Ve4aU07E8o

Fonte: Eletricidade, volume 1 / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. SENAI/DN, 2012. 184 p. il. (Série Eletroeletrônica).

© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 06/02/2019

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Aula 02 - Histórias da eletricidade e formas de energia

Iluminação, aquecimento, processos industriais, transportes, telecomunicações, lazer, procedimentos médicos, conservação de alimentos são alguns dos campos de aplicação de energia elétrica que tornam nossas atividades diárias mais fáceis, seguras e confortáveis.
Figura 1 - Descarga elétrica de um relâmpago
São muitos os exemplos de utilização, porém, nem sempre o mundo foi assim! O domínio da eletricidade é recente na história da humanidade, pois foi somente após a invenção de uma lâmpada elétrica comercialmente viável, em 1879, que a energia elétrica entrou definitivamente em nossas vidas. A manifestação mais natural da existência da eletricidade é o relâmpago. E o ser humano reconheceu seu poder desde que passou a observar a natureza para obter dela os seus meios de sobrevivência. Foi a labareda gerada pela descarga elétrica de um relâmpago sobre um galho de árvore que indicou ao homem o caminho para dominar o fogo. Provavelmente, o mais corajoso do grupo pegou um dos galhos em chamas e levou-o para dentro da caverna, apanhou outros galhos e fez uma fogueira. 
Em seguida, viu como o ambiente ficou quente e confortável. Assim, até que descobrissem outra maneira de obter fogo, era obrigação de todos manter aquela chama acesa pelo maior tempo possível. Dessa maneira, o grupo podia aquecer-se, manter-se longe os predadores, cozer alimentos etc.
Sem saber, o homem pré-histórico estava obtendo uma forma de energia – a energia térmica do fogo – a partir de outra forma de energia: a energia elétrica presente na descarga do relâmpago. Porém, apesar de saber que esse tipo de força, para ele ainda misteriosa, existia, não tinha ideia de como dominá-la e usá-la em seu favor.

No dicionário: Energia [Do grego enérgeia, pelo latim energia] S. f. Propriedade de um sistema que lhe permite realizar trabalho (Michaelis, 2012).
Energia está sempre ligada à palavra trabalho. E assim como há várias maneiras de se realizar um trabalho, existem também várias formas de energia, que são:

Figura 1 - Exemplo de
energia potencial
Energia potencial: é aquela que está armazenada em um corpo em repouso e que depende de sua posição, e não de seu movimento. Por exemplo, um skate no alto de uma rampa tem energia potencial. Quando ele se movimenta, possui energia cinética.










Figura 2 - Exemplo de
energia cinética
Energia cinética: é a energia que um corpo em movimento possui devido à sua velocidade. É, portanto, a consequência do movimento. A energia do pé de um jogador de futebol, quando ele chuta a bola, é cinética e realiza o trabalho de levantar a bola do chão, apesar de existir a força da gravidade.







Figura 3 - Exemplo de
energia mecânica
Energia mecânica: 
é a soma da energia potencial com a energia cinética. Ela se manifesta pela transmissão do movimento. Quando alguém pedala uma bicicleta, a energia mecânica é transmitida às rodas, movimentando-as e fazendo a bicicleta andar.








Figura 4 - Exemplo de
energia térmica
Energia térmica: é a energia que se manifesta quando há diferença de temperatura entre dois corpos. Em uma máquina a vapor, por exemplo, a água aquecida se transforma em vapor, que aciona o mecanismo a ser movimentado, gerando energia cinética.






Figura 5 - Exemplo de
energia química.
Energia química: 
é a energia que aparece nas ligações responsáveis pela estrutura da matéria. Portanto, ela se dá no nível das interações entre moléculas. Isso acontece, por exemplo, quando certos corpos são colocados em contato e sua interação química provoca uma reação. É o caso das pilhas e das baterias, que transformam a energia química da interação entre os materiais contidos no seu interior em energia elétrica.




Figura 6 - Exemplo de
energia elétrica.

Energia elétrica:
 é um fenômeno físico originado por cargas elétricas estáticas ou em movimento e pela interação entre elas. Trata-se de uma forma de energia que pode ser transformada facilmente em outros tipos de energia. Essa transformação ocorre em equipamentos elétricos denominados consumidores de energia ou receptores de energia ou carga. 



Alguns exemplos das transformações da energia elétrica ocorridas em alguns tipos de consumidores são: 
  • Motor elétrico - conversão em energia Mecânica no efeito de rotação (movimento circular);
  • Ferro de passar - conversão em energia Térmica no efeito térmico;
  • Lâmpada  - conversão em energia Luminosa no efeito luminoso;
  • Bateria do celular em carga  - conversão em energia Química no efeito.
Perceba que a palavra eletricidade refere-se a um fenômeno físico, como a luz e o calor. A expressão energia elétrica, por outro lado, refere-se ao uso da eletricidade para gerar trabalho.

A energia não pode ser criada nem destruída. Esse é o enunciado da Lei da conservação de energia, que trata da capacidade de uma forma de energia transformar-se em outra.

Veja o vídeo da viagem da eletricidade: https://youtu.be/0Ve4aU07E8o

No link a seguir há exercícios de aplicação: 01 - Lista de exercícios de Eletricidade básica.

Fonte: Eletricidade, volume 1 / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. SENAI/DN, 2012. 184 p. il. (Série Eletroeletrônica).

© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 06/02/2019

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Aula 01 - Evolução e domínio da eletricidade

A descoberta de magnetita ( imãs naturais ) é atribuído a Magnus no ano de 900 a.c. Magnus, um pastor grego, caminha através de um campo de pedras pretas e nota que as pedras puxam os pregos de ferro de suas sandálias e a ponta de ferro do cajado de pastor. Esta região se torna conhecida como Magnésia.

Mais de 2.000 anos atrás, Tales de Mileto foi o primeiro a tentar explicar o fenômeno afirmando que a magnetita - o minério magnético presente no solo - seria possuidor de uma espécie de "alma", e que este podia comunicar "vida" ao ferro inerte, que por sua vez também adquiria o poder de atração.
Pode-se dizer que a eletricidade foi primeiramente percebida por Tales que descobriu ao esfregar um pedaço de âmbar (seiva endurecida de algumas árvores) em um pedaço de pano ou no couro de animais, o âmbar passava a atrair objetos leves, como palha ou penas de pássaros. Em grego, âmbar pode ser traduzido como elektron, e daí vieram os nomes elétron e eletricidade.

Girolamo Fracastoro, médico, matemático, geógrafo e poeta italiano. Por volta de 1500, fez diversas experiências com muitos materiais, percebendo que um pedaço de âmbar atritado pode atrair outro pedaço âmbar e até mesmo um metal, como a prata. Percebeu que o diamante atritado, tal como o âmbar, é capaz de atrair pequenos objetos. Fracastoro criou o Perpendículo como aparato experimental. 

William Gilbert, relendo o trabalho dos gregos por volta de 1600, estava mais interessada em magnetismo (ele sugeriu que a Terra se comportava como um ímã gigantesco). Deu-se conta, contudo, que as forças atrativas e repulsivas entre as hastes esfregadas foram muito semelhantes às forças atrativas e repulsivas exercida pelos imãs que ocorre naturalmente. Gilbert nomeado o novo campo de estudo "eletricidade", uma palavra derivada da palavra grega para âmbar. No decorrer do tempo, verificou-se que muitas outras substâncias além de âmbar, podem produzir efeitos eléctricos. O principal trabalho de Gilbert foi De Magnete, Magneticisque Corporibus, et de Magno Magnete Tellure (Sobre os ímãs, os corpos magnéticos e o grande imã terrestre) publicado em 1600. Em seu trabalho descreve diversas de suas experiências com seu modelo de terra chamado terrella. Das experiências, ele conclui que a Terra era magnética e esse era o motivo pelo qual as bússolas apontam para o norte (anteriormente, era se dito que isto se devia a estrela polar ou as grandes ilhas magnéticas no polo norte que atraiam a bússola).

Otto von Guericke, no século 17, fez uma grande bola de enxofre, que ele poderia rodar com uma mão e esfregue com a outra. Além de ser capaz de atrair pequenos pedaços de papel, (em vez de forma inesperada) produziu um estalo e minutos faíscas no processo de fricção. Pela primeira vez, viu-se que a eletricidade podia correr - na verdade, pensava-se que a eletricidade era algum tipo de líquido que pode ser transferida de um objeto para outro, esfregando. Notabilizado pelo estudo do vácuo e da eletrostática. Por volta de 1650, construiu uma máquina que provava os princípios da pneumática, realizou experiências com a pressão pneumática e com o vácuo. Concebeu experiências sobre a propagação do som e a extinção das chamas no vácuo. Em 1654 realizou uma série de experimentos chamados de experiência dos hemisférios de Magdeburg, onde estudou os efeitos da pressão atmosférica. Otto von Guericke projetou e construiu a primeira máquina eletrostática, constituída essencialmente de um globo de enxofre que podia ser girado e friccionado com a mão, de onde saltavam centelhas, o que o levou a teorizar a natureza elétrica dos meteoros luminosos, em especial dos relâmpagos. O dispositivo bola de enxofre do Guericke foi amplamente utilizado e desenvolvido pelos primeiros cientistas. Foi um dos primeiros métodos de produção de eletricidade. 

Em 1730, o pesquisador francês Charles Du Fay demonstrou claramente que a força elétrica podia ser atrativa ou repulsiva.
Também em 1730, o físico inglês Stephen Gray descobriu que era possível eletrizar um corpo colocando-o em contato com outro corpo já eletrizado, e que era possível transferir para outros corpos a eletricidade produzida no vidro, por atrito, através de um grupo de materiais.
Ele descobriu ainda, que isso poderia ser feito a distância, através de fios de material adequado, e que alguns materiais poderiam ser bons condutores de eletricidade e outros não.
Foi o descobridor da eletrização por indução, preferencialmente observada em corpos metálicos. Explicou também as propriedades de condutores e isolantes.
Mais tarde, foi descoberto como, tendo feito o elétrico "fluido", que poderia ser armazenado em uma garrafa de Leyden - uma garrafa parcialmente cheio de água com uma corrente de metal pendurado por uma rolha no gargalo da garrafa. Este foi o precursor do capacitor. 

Até então a energia elétrica transitória podia ser gerada por máquinas de fricção mas como não havia forma de armazená-la, Musschenbroek e o seu aluno Andreas Cunaeus descobriram a possibilidade de armazenar energia numa garrafa cheia de água, onde estava mergulhada uma haste de bronze; a mão do experimentador fechava o circuito. O dispositivo para servia para armazenar cargas elétricas, foi o primeiro capacitor elétrico. O experimento montado em 1746 envolvendo um cano de arma pendurado em fios de seda. Numa extremidade que recebia a eletricidade estática de um globo de vidro rotacionado rapidamente com as mãos. Na outra extremidade com uma garrafa de vidro contendo um pouco de água, suspensa com um fio de bronze pendurada no suporte.

Benjamin Franklin
viu a conexão entre as pequenas faíscas elétricas a partir de uma bola de enxofre e as grandes faíscas de relâmpagos - eram ambos os fluxos de energia elétrica "fluido". Ele provou seu ponto de vista em seu famoso experimento onde o cabo úmido de uma pipa voando em uma nuvem transmitiu a carga elétrica da nuvem de tempestade para a terra. No dia 15 de junho de 1752, em meio a uma tempestade, Franklin resolveu provar algumas de suas suposições científicas. O cientista usou um fio de metal para empinar uma pipa de papel. Este fio estava preso a uma chave, também de metal, manipulada por um fio de seda. Franklin soltou o "brinquedo" junto com o filho e observou que a carga elétrica dos raios descia pelo dispositivo. 
A perigosa experiência, realizada em 15 de junho de 1752, comprovou à comunidade científica da época que o raio é apenas uma corrente elétrica de grandes proporções. Como cientista voltado à praticidade e à utilidade de suas descobertas, Franklin demonstrou ainda que hastes de ferro ligadas à terra e posicionadas sobre ou ao lado de edificações serviriam de condutores de descargas elétricas atmosféricas. Estava inventado o para-raios.

No final do século XVIII o francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806), utilizando a balança de torção, formulou a lei da força elétrica entre duas cargas elétricas, conhecida como Lei de Coulomb.
Coulomb desenvolveu uma teoria de atração e repulsão entre corpos de mesma carga elétrica e contrária. Ele empiricamente mostrou que uma relação inversa existente entre tais forças. Ele também estudou a natureza dos condutores perfeitos e dielétricos, concluindo que não havia dielétrico perfeito, pois cada substância iria conduzir eletricidade além de um certo limite. As noções de campo elétrico, potencial elétrico e capacitância foram introduzidas através dos teoremas de Gauss, de Laplace e de Poisson.

Luigi Galvani
italiano fez outra importante, porém acidental, descoberta no final do século 18. Ele descobriu que os fios de cobre e de ferro em contato com a perna de um sapo morto recentemente fez o seu contrato músculos, já que contraiu quando a loja de energia elétrica a partir de uma garrafa de Leyden foi passada através da perna. Galvani pensou que a perna tinha, de alguma maneira misteriosa, a eletricidade produzida por conta própria. Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa, enquanto conduzia experimentos com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou em um nervo ciático de uma rã com um escalpelo metálico, o que produziu uma contração muscular (como uma câimbra) na região tocada sempre que eram produzidas faíscas em uma máquina eletrostática próxima. Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a eletricidade e a animação - ou vida. Por isso é atribuida a Galvani a descoberta da bioeletricidade.




A descoberta de Alessandro Volta, em 1799, da célula elétrica simples marcou o ponto de viragem no estudo da eletricidade. Ele mostrou que a contração muscular da perna do sapo observado por Galvani não tinha nada a ver com o próprio sapo, mas foi causada pelos fios de latão e ferro em contato com a umidade salgada nas pernas. Na verdade, eles fizeram uma forma primitiva de célula elétrica. Volta fez a sua própria célula eléctrica a partir de placas de cobre e de zinco numa solução de sal. Ele passou a construir uma bateria mais útil (ou pilha, como era chamado), unindo um número de células juntas. Em setembro de 1801 Volta viajou até Paris aceitando um convite do próprio imperador Napoleão Bonaparte, para mostra as características de seu invento (a pilha) no Institut de France. E, em honra ao seu trabalho no campo de eletricidade, Napoleão nomeou Volta conde em 1810. 

Em seguida foram criadas pilhas mais eficientes, John Frederic Daniell inventou-as em 1836 na mesma época das pilhas de Georges Leclanché e a bateria recarregável de Raymond Louis Gaston Planté.

O primeiro efeito importante da corrente elétrica a ser descoberto foi a sua capacidade de quebrar compostos químicos em seus elementos, ou eletrólise. No início do século 19 dois químicos ingleses, Carlisle e Nicolson, conectado as duas extremidades de uma pilha voltaica para dois fios de platina em tubos contendo ácido diluído. Bolhas rose dos fios e verificou-se que os fios foram de um composto de oxigénio, enquanto aqueles na outra eram hidrogénio. Os químicos concluiu corretamente que a água tinha sido decomposto em elementos que construíram-se, pela corrente elétrica.



Em 1819, um inteiramente sabia aspecto de energia elétrica tornou-se aparente. Desde os dias de Gilbert pensava-se que a eletricidade e o magnetismo estavam de alguma forma relacionados. Quando Hans Oersted desviou a agulha da bússola magnética por uma colocação de um fio carregando uma corrente elétrica sobre ela, ele demonstrou a natureza dessa relação - um fio transportando uma corrente elétrica se comporta como um ímã. Oersted passou a provar, em 1820, de que o fio torna-se rodeada por um campo magnético. 
André-Marie Ampère seguido essa descoberta com uma maravilhosa série de experimentos através da qual ele foi capaz de demonstrar completamente as leis de força entre os fios que transportam atual. Uma vez que as forças obedeceu leis, e quanto maior for a corrente, maior será a força é exercida, este efeito pode ser usado para as medições eléctricas precisos - é o princípio em que o galvanómetro, e a maioria dos amperímetros e voltímetros baseiam. Eletricidade tornou-se pela primeira vez uma ciência exata. 
Georg Ohm e, mais tarde, Kirchoff foram capazes de indicar a relação entre corrente, tensão e resistência em um circuito.

Georg Simon Ohm foi um físico e matemático, estudante da Universidade de Erlangen. Ohm realizou experiências e definiu o conceito de resistência elétrica.
Em 1827, Ohm realizou experiências com fios condutores de diferentes espessuras e comprimentos. Verificou que a resistência elétrica do condutor era inversamente proporcional à área da secção transversal do fio e diretamente proporcional ao seu comprimento. A partir de suas observações, definiu o conceito de resistência elétrica.

Em 1830, Joseph Henry, enquanto construía eletroímãs, descobriu o fenômeno eletromagnético chamado indução eletromagnética ou auto indutância e a indutância mútua. A Henry também é creditada a invenção do motor elétrico, embora mais uma vez não tenha sido o primeiro a registrar a patente. Seus estudos acerca do relê eletromagnético foram a base do telégrafo elétrico, inventado por Morse e Wheatstone. Mais tarde provou que as correntes podem ser induzidas à distância, magnetizando uma agulha com a ajuda de um relâmpago a 13 quilómetros de distância.

Michael Faraday foi o próximo descobridor elétrica importante. Ele rapidamente seguiu o trabalho de Oersted, utilizando grandes rolos de arame para fazer eletroímãs poderosos. Com estes Faraday foi capaz de fazer o primeiro motor elétrico simples. As forças que atuam entre duas bobinas de fio, um fixo e um móvel, faria a um móvel girar. Em seguida, ele ocorreu vários cientistas que, se uma corrente eléctrica pode produzir um efeito magnético, o reverso deve acontecer, e um íman pode ser usado para fazer uma corrente. Durante dez anos Faraday olhou para este efeito, até que finalmente ele conseguiu mostrar como uma corrente mudando em um fio pode produzir uma corrente em um fio vizinho. Este efeito é conhecida conhecida como a indução eletromagnética. A descoberta de Faraday levou diretamente para o dínamo, ou princípio gerador - quando uma bobina de fio é feito para rodar em um campo magnético de uma corrente é gerado no fio.

Em 1832 o cientista italiano Salvatore Dal Negro construiu a primeira máquina de corrente alternada com movimento de vaivém. No ano seguinte, o inglês William Ritchie inventou o comutador, construindo um pequeno motor elétrico em que o núcleo de ferro enrolado girava em torno de um ímã permanente. Para dar uma rotação completa, a polaridade do eletroímã era alternada a cada meia volta, através do comutador. O professor alemão Moritz Hermann von Jacobi, em 1838, desenvolveu um motor elétrico e aplicou-o a uma lancha. A aplicação prática da energia elétrica em trabalho mecânico ficou assim comprovada.

Gustav Robert Kirchhoff foi um físico alemão com contribuições científicas principalmente no campo dos circuitos elétricos. Kirchhoff formulou as leis dos nós e das malhas na análise de circuitos elétricos (Leis de Kirchhoff) em 1845, quando ainda era um estudante. Propôs a lei da emissão de radiação térmica em 1859, comprovando-a em 1861.

Em 1886 Werner Siemens construiu um gerador sem a utilização de ímã permanente, provando que a tensão necessária para o magnetismo poderia ser retirado do próprio enrolamento do rotor, isto é, que a máquina podia se auto excitar. O primeiro dínamo de Werner Siemens possuía uma potência de aproximadamente 30 watts e uma rotação de 1200 rpm. A máquina de Siemens não funcionava somente como um gerador de eletricidade, mas também podia operar como um motor, desde que se aplicasse aos seus bornes uma corrente contínua.

Thomas Alva Edison, o cientista e inventor norte-americano, desenvolveu este conceito e construiu um gerador elétrico capaz de fazer correntes muito maiores de energia elétrica do que as células simples da Volta. Era agora óbvio que a eletricidade em movimento era uma forma de energia. Na verdade, o gerador elétrico era uma maneira de converter energia mecânica em energia elétrica. Um fio de corrente torna-se quente, porque a energia elétrica está sendo convertida pela resistência do fio em energia térmica. Esta é a base de todas as formas de aparelhos de aquecimento elétrico. 

Humphry Davy encontrado que a eletricidade pode também ser usado para fazer a luz. Ele conectado aos terminais de uma bateria de dois grandes pedaços de carvão apenas separados um do outro, e fez uma luz branca brilhante, a primeira lâmpada de arco. 
Edison foi pioneiro na lâmpada moderna passando uma corrente através de um filamento de carbono fina encerrado em um bulbo de vidro, e fazendo-a brilhar incandescente. 

Para se distribuir a energia, foram criados inicialmente condutores de ferro, depois os de cobre e finalmente, em 1850, já se fabricavam os fios cobertos por uma camada isolante de guta-percha vulcanizada, ou uma camada de pano.

Os geradores foram se aperfeiçoando até se tornarem as principais fontes de suprimento de eletricidade empregada principalmente na iluminação. Em 1875 é instalado um gerador em Gare du Nord, Paris, para ligar as lâmpadas de arco da estação. Foram feitas maquinas a vapor para movimentar os geradores, e estimulando a invenção de turbinas a vapor e turbinas para utilização de energia hidrelétrica. A primeira hidrelétrica foi instalada em 1886 junto as cataratas do Niágara.

Em 1882, Tesla descobriu o campo magnético rotativo, um princípio fundamental da física e da base de todos os dispositivos que usam correntes alternadas. Nesse mesmo ano, trabalhou na Companhia Continental Edison, em Paris. Dois anos depois, foi convidado para trabalhar na firma de Thomas Edison (1847-1931) em Nova Iorque, para onde se mudou. As divergências de opinião entre Tesla e Thomas Edison, sobre corrente contínua, foi o motivo do desentendimento entre eles. Tesla havia criado ferramentas para tornar viável o uso da corrente alternada, uma forma eficiente de transmitir energia a grandes distâncias, mas perigoso em caso de acidente. Edison, que baseava suas tecnologias na corrente contínua, era contra a “corrente assassina de Tesla”. A corrente alternada de Tesla é a que hoje corre nos fios de alta tensão do planeta.

Em 1850, praticamente todos os efeitos elétricos importantes tinha sido descoberto e explicado. Houve duas exceções principais.  Uma delas em 1873, foi a existência de ondas eletromagnéticas. James Clerk Maxwell começou a partir de uma série de equações matemáticas, e ele mostrou que as ondas, perturbações eletromagnéticas, estão associados com todas as correntes de mudança de eletricidade.
Na física, a lei de Gauss é a lei que estabelece a relação entre o fluxo elétrico que passa através de uma superfície fechada e a quantidade de carga elétrica que existe dentro do volume limitado por esta superfície. A lei de Gauss é uma das quatro equações de Maxwell e foi elaborada por Carl Friedrich Gauss no século XIX.
Heinrich Hertz,  físico alemão, em suas experiências realizadas a partir de 1885, estuda as propriedades das onde eletromagnéticas geradas por uma bobina de indução; nessas experiências observa que se refletidas, refratadas e polarizada, do mesmo modo que a luz. Com o trabalho de Hertz fica demonstrado que as ondas de radio e as de luz são ambas ondas eletromagnéticas, desse modo confirmando as teorias de Maxwell; as ondas de radio e as ondas luminosas diferem apenas na sua frequência. O físico alemão, produziu e detectou essas ondas. 
Esta descoberta levou à ideia, desenvolvida extensivamente por Gugielmo Marconi, que as ondas eletromagnéticas pode ser usado para transmitir mensagens, sem fios, através do ar. Eles foram usados ​​primeiramente para enviar sinais telegráficos, ao longo de grandes distâncias, e, no século 20, para transmitir sinais de visão e som. A primeira mensagem de radio é transmitida através do Atlântico em 1901.
A questão do que a eletricidade era, e o que realmente corria em volta de um circuito elétrico não foi respondida até 1897, quando JJ Thomson descobriu o bloco de construção de energia elétrica, o elétron. Ele desviou uma corrente elétrica que flui através de um vácuo, usando um campo elétrico forte, e, por ver em que direção o feixe foi desviado, provou que era composta de pequenas cargas elétricas negativas, ou elétrons.

Robert Millikan, em 1911, mostrou que o elétron realizado a menor quantidade de carga possível. As minúsculas partículas, que estão presentes em toda a matéria, distinguiam-se por a quantidade de eletricidade que eles carregam.
Todas essas experiências vieram abrir novos caminhos para a progressiva utilização dos fenômenos elétrico em praticamente todas as atividades do homem.

Veja o vídeo 01 da história da eletricidade do canal BBC: https://youtu.be/rAqUvE97iCU ;

Veja o vídeo 02 da história da eletricidade do canal BBC: https://youtu.be/t5m-9vjCe1g ;

Veja o vídeo 03 da história da eletricidade do canal BBC: https://youtu.be/BkkoaXCLYGI;

Apostila sobre Eletricidade em corrente contínua pode ser obtidas no link: Eletricidade - Volume 01 .

Apostila sobre Eletricidade em corrente alternada pode ser obtidas no link: Eletricidade - Volume 02 .

© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 06/02/2019

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Apostila do curso de Eletricidade Básica Senai - RJ


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Técnico em Eletroeletrônica

 Técnico em eletroeletrônica

Objetivo do curso: Habilitar profissional para desenvolver, instalar e manter sistemas eletroeletrônicos, de acordo com procedimentos e normas técnicas, ambientais, de qualidade, de saúde e segurança no trabalho.

Objetivos do curso

Desenvolver, instalar e manter sistemas eletroeletrônicos de acordo com procedimentos e normas técnicas, ambientais, de qualidade, de saúde e segurança no trabalho.

BÁSICO -  300 horas

Unidades curriculares: Comunicação Oral e Escrita; Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho; Leitura e Interpretação de Desenho Técnico e Eletricidade.

ESPECÍFICO I - 360 horas

Unidades curriculares: Instalação de Sistemas Eletrônicos; Instalação de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais; Instalação de Sistemas Elétricos Prediais e Gestão da Instalação de Sistemas Eletroeletrônicos.

ESPECÍFICO II - 240 horas

Unidades curriculares: Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais, Manutenção de Sistemas Elétricos Prediais, Manutenção de Sistemas Eletrônicos e Gestão da Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos.

ESPECÍFICO III -  300 horas

Unidades curriculares: Projeto de Melhorias de Sistemas Eletroeletrônicos; Projeto de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais; Projeto de Sistemas Elétricos Prediais e Projeto de Sistemas Eletrônicos.

Descrição da ocupação: Consertam e instalam aparelhos eletrônicos, desenvolvem dispositivos de circuitos eletrônicos, fazem manutenções corretivas, preventivas e preditivas, sugerem mudanças no processo de produção, criam e implementam dispositivos de automação. Treinam, orientam e avaliam o desempenho de operadores. Estabelecem comunicação oral e escrita para agilizar o trabalho, redigem documentação técnica e organizam o local de trabalho. Podem ser supervisionados por engenheiros eletrônicos. Consertam e instalam aparelhos eletrônicos, desenvolvem dispositivos de circuitos eletrônicos, fazem manutenções corretivas, preventivas e preditivas, sugerem mudanças no processo de produção, criam e implementam dispositivos de automação. Treinam, orientam e avaliam o desempenho de operadores. Estabelecem comunicação oral e escrita para agilizar o trabalho, redigem documentação técnica e organizam o local de trabalho. Podem ser supervisionados por engenheiros eletrônicos.

Veja o vídeo no canal Futura sobre a profissão: Técnico em Eletroeletrônica.

A série Futura Profissão foi exibida pelo Canal Futura e produzida em parceria com o SENAI.

Salário Médio: R$2.996,51. Pesquisa Mudo_SENAI em 2016.

Carga horária : 1.200 horas.

© Direitos de autor. 2023: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 21/01/2023